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Trabalho remoto

28 de agosto de 2018

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Cabeças pensantes e corações vibrantes

Quando o sociólogo italiano Domenico De Masi publicou “O Ócio Criativo”, em plena virada do milênio, apontando, profeticamente, as características das novas relações de trabalho na era pós-industrial, o conceito foi revolucionário: “Como assim a inatividade, o lazer, era necessário à maior produtividade no trabalho intelectual?”. Alguns acharam que não viveriam para ver essa revolução.  

A internet e a tecnologia possibilitaram que profissionais passassem a integrar as mesmas equipes, mesmo geograficamente distantes. É o Trabalho Remoto. Novos empreendedores e trabalhadores podem, agora, desfrutar do mundo enquanto ainda são economicamente produtivos. É como viver em férias, ou antecipar as vantagens da aposentadoria. Os nômades ou freelancers virtuais têm esse estilo de vida e de trabalho. Mas o que será que motivou essa ruptura?

 

Desperdícios invisíveis

Os fatores vão desde as mudanças nas culturas de gestão e organização das empresas, mais democráticas e focadas nas necessidades dos colaboradores; passando pelo perfil da nova geração, que vive a tecnologia, valoriza a flexibilidade e prioriza o equilíbrio entre vida e trabalho; até às vantagens econômicas e ecológicas que o fim do “escritório” possibilita para ambos os lados: empresas e funcionários. Quem imagina quanto tempo, dinheiro e energia são gastos todos os dias para que as pessoas saiam dos seus lares e se desloquem até os grandes centros onde as empresas estão? E para quê? Para ligarem um computador e trabalharem diante dele o dia todo. Quanto desse tempo poderia estar sendo gasto junto à família? Quanto dinheiro poderia ser investido em fins melhores? Quanto estresse causado por esse deslocamento?

 

Fantasia ou realidade

Além disso, quanta vantagem para a empresa poder contratar os melhores profissionais, ainda que não possa bancar uma transferência ou pagar o salário que a excelente formação dele merece. O profissional, por outro lado, vê vantagem de poder escolher onde morar, onde se alimentar, e como vai gerenciar o próprio tempo, focando no resultado e não tendo a pressão de uma carga horária rígida. Esse tipo de profissional, que prioriza suas escolhas de vida, que não idolatra mais o trabalho, está cada vez mais à disposição de um mercado que o absorva. Há quem garanta que esse é um dos segredos de trabalhar mais feliz e ter melhores ideias, maior produtividade. Exatamente como previa o conceito de De Masi e como muitos empresários estão descobrindo.

 

Por que não?

Falamos de muitos prós. E quanto aos contras? É claro que perde-se o contato pessoal diário com os colegas de trabalho, que é saudável e pedagógico. Mas os encontros virtuais compensam uma parte dessa desvantagem. Também perde-se o controle rígido, o gerenciamento presencial e passa-se a contar com a responsabilidade, comprometimento e engajamento de cada parte, que precisa garantir as suas entregas e prazos. Mas será que isso é mesmo uma desvantagem? Será que isso também não pode se tornar mais um fator de paixão para o trabalho? Confiança e autonomia geram responsabilidade que gera resultado.

 

Somos remotos

E por que estamos falando sobre isso aqui, no blog da Habrok? Justamente porque essa é a nossa cultura, é a vibe que fez a Habrok surgir. Não teria sido possível unirtantas cabeças pensantes e corações vibrantes, tantos profissionais qualificados em cada uma de suas áreas, se não fosse o trabalho remoto. Cada um de nós trabalha com amor e se move com a paixão pela vida e por tudo o que faz. Estamos juntos, somos uma equipe, uma família. Somos “officeless”, termo cunhado pelo movimento #beofficeless, que acredita em relações de trabalho baseadas em autonomia, propósito e confiança. Então, se liga, porque você ainda vai ouvir falar muito disso por aqui. Inscreva-se para receber os nosso conteúdos em primeira mão.

 

28 de agosto de 2018

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